domingo, 24 de março de 2013

Miss sorri para foto da polícia ao ser presa dirigindo bêbada

Sarah Richardson foi presa por dirigir bêbada em Las Cruces (Foto: Dona Ana County Sheriff/AP)

Sarah, que foi eleita miss Las Cruces no mês passado, bateu em um poste, provocando o corte de energia elétrica para cerca de 1.700 residências.
Após a prisão, os organizadores do concurso cassaram seu título de miss. A vice-campeã Taylor Rey irá representar a cidade no concurso Miss Novo México.


quinta-feira, 14 de março de 2013

Propaganda da Telex Free usa Ferrari financiada, diz MP



Inquérito instaurado pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso revela que a Ferrari Spider utilizada pela empresa Telex Free em uma de suas campanhas sobre "cases de sucesso", na qual um ex-vendedor ambulante aparece como proprietário do veículo de luxo, consiste na verdade em um carro financiado pelo Banco do Brasil em nome de um estelionatário do estado do Rio Grande do Sul atualmente em liberdade provisória.

Avaliada em cerca de R$ 2,5 milhões, a Ferrari Spider figura em um dos inúmeros videos atualmente disponíveis na internet com o intuito de divulgar a empresa Telex Free, investigada em pelo menos cinco unidades da federação por engendrar suposto esquema de pirâmide financeira, modalidade vetada pela legislação.
No video, o ex-vendedor ambulante Inocêncio Pereira Reis Neto, conhecido como "Pelé Reis", conta uma história de superação. Natural de Nanuque (MG), ele recorda sua mudança em 1998 para o estado do Espírito Santo, cuja capital Vitória abriga a sede da Telex Free no Brasil. Passando por dificuldades financeiras, no novo estado Pelé chegou a vender queijo na praia e também montou uma barraca de churrasquinho.
Depois que começou a trabalhar na divulgação da Telex Free, sua vida mudou. Relata que conseguiu comprar um apartamento à beira-mar em Vitória, num lugares mais "badalados". Chegou até a trocar de carro duas vezes em quinze dias e, numa viagem ao município de Novo Hamburgo (RS) para um evento da empresa onde trabalharia para orientar os divulgadores, teria recebido proposta de um conhecido para comprar uma Ferrari à disposição em uma loja da cidade.
Dizendo-se tentado pela visão do veículo vermelho, Pelé conta no video que não resistiu e chegou a perder um vôo marcado para ver o carro. Quando deu por si, lembra, já estava pagando uma parcela da Ferrari.
Com este depoimento, o ex-ambulante faz um apelo para os internautas para que acreditem na lucratividade prometida pela Telex Free. "Se o Pelé conseguiu, por que eu não?", convida a refletir.

Fontes: g1.com

Negócio da Telexfree não é sustentável, afirma Ministério da Fazenda


O negócio Telexfree, de venda de pacotes de telefonia pela internet (VoIP, na sigla em inglês), não é sustentável e sugere um esquema de pirâmide financeira, o que é crime contra a economia popular. Essa é a conclusão da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Seae/MF) em comunicado divulgado nesta quinta-feira (14).
O órgão afirma ainda que a empresa responsável pelo negócio a Ympactus Comercial LTDA., não tem parcerias com operadoras de telefonia móvel  ou fixa, o que seria necessário para garantir a oferta dos serviços de VoIP, nem autorização para praticar atividades de comércio.
Apresentado como um sistema de telefonia VoIP vendido por meio de marketing multinível – em que cada vendedor ganha por atrair mais vendedores para o negócio –  o Telexfree está sob suspeita de ser um esquema de pirâmide, e é investigado pelos  ministérios da Justiça e da Fazenda e pelos ministérios públicos de Acre, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Espírito Santo e Minas Gerais. 
O negócio e a empresa vinham sendo investigados pelos ministérios da Justiça e da Fazenda. Até a última terça-feira (12), a própria Seae tratava o tema como denúncia relativa à captação de poupança popular. O órgão já tinha conhecimento de reclamações contra o Telexfree dos Procons de Acre e Pernambuco e dos ministérios públicos de Acre e Mato Grosso.
De acordo com o órgão, há indícios de duas irregularidades: estímulo à economia informal, porque “os ganhos financeiros mais substantivos não advêm dos anúncios, mas sim do ingresso de novos divulgadores na rede do divulgador inicial (...) Se não houver o ingresso de novos interessados, é impossível obter os ganhos anunciados, indicando, salvo interpretação contrária, a falta de sustentabilidade do negócio.” Além disso, o documento cita que a empresa exige exercício de duas atividades, divulgador e comerciante, para o recebimento de apenas uma.
Agência Brasil
Entrada da PF no caso depende do ministro Cardozo
As conclusões da análise feita pela secretaria serão encaminhadas à Polícia Federal (PF) e ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo a PF, até o final da tarde desta quinta-feira  o documento não havia sido formalmente recebido. A assessoria infoma que o corregedor avalia que a jurisprudência trata casos semelhantes como estelionato, o que afastaria da Polícia Federal a atribuição sobre a Telexfree. Porém, há possibilidade de o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo determinar instauração de inquérito por conta de eventuais complicações e pelo número de pessoas prejudicadas.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Ministérios da Justiça e da Fazenda investigam Telexfree


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O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor, investiga em âmbito nacional o modelo de negócio Telexfree. Trata-se de um sistema de venda de créditos para uso de telefone pela internet (Voip, na sigla em inglês) que, segundo o advogado da empresa, Horst Fuchs, tem 600 mil usuários no mundo, sendo 90% deles no Brasil. Ele nega qualquer irregularidade.Uma suspeita de pirâmide financeira mobiliza dois ministérios, procons, delegacias, Cade, CVM e Banco Central. A empresa investigada é a Ympactus, com sede em Vitória, responsável pelo serviço de telefonia pela internet Telexfree.
Na segunda-feira (11), o jornalista Luís Nassiff tratou a Telexfree como "o golpe do século", em seu blog, e anunciou a tomada de providências pelo governo. O site, segundo ele, foi derrubado como retaliação. Em texto divulgado nesta terça-feira (12), Nassiff afirma que seu blog foi tirado do ar "dezenas de vezes" para impedir a divulgação das denúncias. Ele também informou que, na tarde de segunda-feira, a empresa havia determinado a "debandada dos divulgadores" . 
"Durante um ano, o esquema TelexFree envolveu um milhão de pessoas e movimentou mais de R$ 300 milhões através de uma versão online do velho golpe da pirâmide", escreveu Nassiff.
A empresa se apresenta como prestadora de telefonia Voip. Os interessados podem atuar como divulgadores do sistema, por meio de publicidade pela internet. Há dois tipos de contratato anual, o ADCentral, de US$ 299 e que promete ganho líquido de US$ 2.295,80, e o ADCentral Family, de US$ 1.375, e ganho líquido de US$ 11.599. O divulgador ganha US$ 20 a cada novo divulgador que conquistar para o plano ADCentral, e US$ 100 para o ADCentral Family. As informações constam de uma apresentação disponível em um site de divulgação do serviço.
Segundo o advogado Fuchs, que representa a Telexfree e trata o sistema como "marketing multinível", a remuneração média fica entre R$ 4 mil e R$ 8 mil por mês. Exceções chegam a faturar R$ 100 mil, diz ele ao iG .
De acordo a assessoria de imprensa do Ministério Público de Minas Gerais, a reclamação de uma pessoa cuja mãe se sentiu financeiramente lesada pelo sistema foi encaminhada para a procuradoria criminal, sob suspeita de pirâmide financeira.
No comunicado divulgado nesta terça-feira (12), a Secretaria Nacional do Consumidor trata o tema apenas como denúncias relativas a captação de poupança popular. O órgão afirma ter recebido denúncias contra o Telexfree dos Procons de Acre e Pernambuco e dos ministérios públicos de Acre e Mato Grosso, em janeiro, e que solicitou aos Procons de todo o país que comuniquem eventuais processos envolvendo o serviço.
Segundo Fuchs, fiscais do Ministério da Fazenda visitaram a sede da empresa nesta terça (12), no edifício Petro Tower, em Vitória (ES), e solicitaram documentos. Na segunda-feira (11), o departamento jurídico do Telexfree determinou que "imediatamente todos os divulgadores que tenham blog, portal ou Facebook" retirem os anúncios do ar "porque há muitos excessos que não são pactuados pela empresa", afirma o advogado.
"A oferta de enriquecimento ilícito não é filosofia da empresa", reitera Fuchs.
O Ministério da Fazenda afirma que a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), notificada também pela SNC, aguarda um posicionamento da Procuradoria da Fazenda sobre os procedimentos da empresa para se pronunciar. Também foram notificados o  Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Comissão de Valores Mobiliário (CVM) e o Banco Central (BC).
Reclamações em oito Estados
Além de Minas Gerais, há reclamações contra o Telexfree em ao menos outros seis Estados, diz a delegada Gracimeri Gaviorno, da Delegacia de Defraudações de Vitória (ES): Espírito Santo, Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Pernambuco.
"Vamos identificar mais pessoas, seja quem patrocina ou quem perde dinheiro", afirma, por telefone.
Segundo Daniella Barcellos, chefe da divisão de reclamações do Procon do Acre, a empresa faz reuniões públicas diárias em Rio Branco. "Aqui no Acre essa empresa chegou como uma campanha eleitora ostensiva, mas com um candidato só e com promessa de dinheiro fácil."
Em São Paulo, o Procon da capital informou não ter recebido nenhuma reclamação até fevereiro, mas a empresa Ympactus Comercial é alvo de um processo no Juizado Especial Cível (JEC) de recisão de contrato e devolução de dinheiro.
A Polícia Federal trata o caso como suspeita de estelionato Em nota, informa que até o momento, “o possível cometimento de um esquema conhecido como 'pirâmide' pela Telexfree” não está sendo investigado pela corporação, por ser “possível incidência clássica do crime de estelionato”, que é de competência das polícias civis dos Estados.
Fuchs nega que a empresa atue sob o esquema de pirâmide.
“O que muitos consideram uma máscara, uma maracutaia, uma armação... na verdade o propósito nosso é o inverso. ”, diz.
Sobre o fato de a Ympactus ser registrada como microempresa – o que limitaria o faturamento bruto a R$ 360 mil por ano –, Fuchs afirma que o processo de alteração já foi iniciado.